Olá meus amados irmãos, que a paz do Senhor Jesus seja com todos vocês! Lembram-se daquela história da categoria "evangelismos" relatada anteriormente aqui no blog? Pois eis aqui, finalmente, o desfecho dos acontecimentos. Que tudo que vocês lerem a seguir seja para que vocês exaltem e glorifiquem o nome Senhor Jesus. Desejo, de coração, que essa graça que o Senhor nos deu de contar as boas novas se espalhe por todos os nossos leitores.
Não sei se os irmãos se lembram dos nomes das pessoas envolvidas nessa história. Assim, tentarei relembrá-las a vocês. Há duas pessoas que apareceram bastante: o Vagner e o Eucimar. Esses foram rapazes que encontramos quando começamos a evangelizar em uma praça bastante famosa de nossa cidade, o que está relatado aqui em um dos primeiros posts sobre evangelismo ("Etapa# cumprindo: perseverança até o dia da vinda do Senhor"), até recomendo aos que não leram esse post que leiam e, assim, terão uma dimensão maior da história. No último relato de evangelismo, aconteceram muitas provações, mais em relação aos rapazes do que a nós mesmos. O Eucimar tinha sumido sem falar nada para ninguém, no meio da tarde quando tínhamos começado a ajudá-lo a vender as pulseiras. Além disso o Vagner tinha sido agredido, sem culpa, por um bêbado que também morava na rua, o Galego. Foi xingado e recebeu um tapa forte e humilhante no rosto sem devolvê-los, mas chorou bastante e se enfureceu depois da humilhação que tinha sofrido. Por fim acabou reconhecendo que havia feito a coisa certa, e que não valia a pena devolver as agressões, já que o Senhor Jesus havia sido muito mais humilhado e sofrido muito mais do que um tapa, por amor de nós. Segue agora a continuação da história.
O dia seguinte a esses acontecimentos foi bastante tenso. Não voltamos mais à praça, para não correr risco de que o Galego e o Vagner se encontrassem novamente e acabou que a rodoviária e os cultos da igreja se tornam os nossos pontos de encontro. Nesse dia encontramos a Marlene (a mulher em cuja casa dormia o Eucimar) e ficamos sabendo que no dia que ele tinha sumido, só havia chegado em casa de madrugada, bêbado e bastante drogado. Desde a ultima postagem o Vagner, no entanto, não havia colocado nenhuma gota de álcool na boca. Era impressionante como a sua fisionomia mudava dia após dia.
No domingo dessa mesma semana fomos todos almoçar juntos em um rodízio, o Vagner o Eucimar, a Marlene com os meninos e o restante dos jovens da igreja. Era incrível como aqueles meninos estavam felizes, principalmente a filha mais velha dela, Esther. A Marlene chegou até a relatar que houve um dia em que havia passado na porta do mesmo restaurante com bastante fome e pouquíssimo dinheiro. Creio que eles nunca comeram tão bem na vida, já que até uma semana atrás eles poderiam dizer que nunca comeram pizza na vida. Logo depois fomos ao shopping com eles, o que lhes encantou bastante.
Os dias iam passando, e muitas emoções diferentes passavam pelo meu coração e pelo de todos os jovens envolvidos no evangelismo desses rapazes. Se eu fosse relatar a fio todas as experiências que tivemos, com certeza não caberia em um único post. Aprendemos muito e passamos, principalmente, a valorizar bem mais as coisas que tínhamos, reconhecendo que eram todas dadas pelo Senhor. Era incrível como as tribulações vinham com toda a força e ainda mais incrível como havia habitando em nós uma força ainda maior do que elas, pela graça do Senhor. Em um desses dias, uma irmã de nossa igreja comentou com a gente sobre a existência de uma casa de recuperação, diferente da que eles já tinham tentado se recuperar, que tinha na direção um pastor amigo nosso e como obreiro um homem que foi curado por Deus da escravidão das drogas, chamado Kennedy. Quando comentamos com os rapazes eles se interessaram bastante e quiseram bastante ir a essa casa, o Vagner chegou até a dizer que quanto mais rápido fosse, melhor. Disseram que é muito difícil se recuperar estando na rua, em contato com essas escravidões todos os dias.
Passado algum tempo ligamos para a casa de recuperação e recebemos a informações de que só haviam 2 vagas disponíveis, que teriam que ir o mais rápido possível e que a casa estava pronta a recebê-los, caso realmente quisessem ser mudados e se recuperar! Isso agradou bastante o nosso coração, pois víamos, dessa forma, a mão de Deus alí. Conversamos com os dois, ao que o Vagner respondeu prontamente que queria ir e que não desprezaria essa chance. O Eucimar contudo, demonstrou incerteza, pedindo um tempo para pensar. Dizia que era difícil se isolar do mundo, e que não queria ir só para nos agradar, mas para ser mudado mesmo. Contudo, passado algum tempo, disse que se interessava realmente em ir para a casa. Assim, já os levamos no dia seguinte.
Passadas algumas semanas fizemos a primeira visita a eles (as visitas acontecem sempre no último domingo do mês). Era incrível como a aparência deles estava diferente, sobretudo a do Vagner, que disse que estava gostando muito da casa. Quando falei pra ele que ele estava bonito, até brincou dizendo que ele sempre foi e eu é que não percebia (ele é cheio das graças mesmo ehehehe). Achei engraçado ele dizendo que estava na casa ouvindo a música do Zaqueu, do Regis Danese (a preferida dele), e chorando, quando um irmão de lá chegou nele e perguntou se era o Espírito Santo e ele respondeu que não, que era a saudade mesmo.
Infelismente nem tudo ocorreu conforme esperávamos e antes mesmo que fizéssemos outra visita o Eucimar saiu da casa, e ainda ficou muito nervoso com o Vagner por ele não querer sair também. Ele até chegou a nos procurar depois pedindo dinheiro para viajar, o que não demos, sabendo que isso não resolveria o seu problema. Ficamos sabendo depois que ele não estava se comportando de maneira adequada na casa, mas observar o exemplo do Vagner alegrava o nosso coração e nos mostrava que o esforço não tinha sido vão. Na próxima visita chegamos até a fazer um culto na casa de recuperação, com grande parte dos jovens da minha igreja.
Ao contrário do que nós pensávamos, o inimigo não descansou e o inesperável novamente nos pegou de surpresa: O Vagner havia saído da casa de recuperação. Quando lhe perguntei o porquê, disse que havia discutido com alguém e, então, decidiu ir para sua casa, em São Paulo, o que nos deixou bastante preocupados. No período em que estava fora da casa, no entanto, congregou na nossa igreja, o que era, de certa forma, bom. Mas para a Glória de Deus ele logo decidiu voltar pra lá (onde está até o dia de hoje) e se desculpar com quem havia discutido. Fiquei muuuito feliz com isso, já que estávamos orando nesse sentido.
Domingo passado foi dia de visita! Fizemos mais um culto naquela casa de recuperação, nos tornamos muito amigos dos internos de lá e ouvimos o que o nosso amigo tinha para nos dizer. Ele contou direitinho como chegou na casa e pediu desculpas, e também o quanto tinha aprendido com essa saída que deu. Era bem visível o quanto ele gostava de conversar com a gente, os assuntos nunca se esgotavam, hehe.
Meus irmãos eu me sinto muito feliz em poder dizer que o Senhor Deus tem transformado vidas, de modo que aquele bêbado que a gente conheceu um dia na praça, hoje está totalmente diferente, em um lugar muito melhor do que estaria e conhecendo ao Deus todo poderoso, se recuperando dia após dia. Finalizo esse post com uma gravação que nós fizemos antes de os rapazes irem para a casa de recuperação em um momento de muita alegria no carro, voltando de um culto, e também com algumas fotos. Note que se comparmos o Vagner com o primeiro dia em que o conhecemos, já se pode ver uma graande diferença na aparência. Deus é maravilhoso, e a sua misericórdia dura para sempre.
Peço muito aos irmãos que orem pelo Eucimar (que não está mais na casa, a ultima notícia é que ele saiu da cidade), pelo Vagner e pela família da Marlene, mostrada na foto acima em frente à sua casa. Aguardo o comentário dos leitores do OJC.
Um grande abraço, um bom final de semana e que Deus abençoe a todos vocês meus amados irmãos! =)
No amor e na graça do Senhor Jesus,
Servo de Jesus Cristo o Rei dos Reis (SDJCRR).
Observação:
Tenho recebido muitos contatos perguntando sobre o preço de internação e outras informações. A casa se localiza em Anápolis - Goiás, não tem custo algum para a internação, havendo apenas limite de vaga. Isso é tudo o que sabemos. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone da casa: (62) 3319-1301. Abraços!